A primeira semana do mês de agosto (do dia 1ºao dia 7) é dedicada à amamentação. Essa data foi instituída em 1948 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com objetivo de reduzir a mortalidade infantil.
No Brasil, esse movimento se tornou mais forte a partir da década de 1990 e tem sido cada vez mais ampliado, proporcionando resultados satisfatórios para o cenário brasileiro. De acordo com dados do Sistema Universidade Aberta do SUS, traçando uma comparação com os últimos 34 anos anteriores a 2020, houve um aumento de 13 vezes no índice de amamentação exclusiva em crianças menores de 4 meses e cerca de 16 vezes entre crianças menores de 6 meses.
A amamentação é um processo de extrema importância para a garantia da saúde, tanto na infância como na vida adulta. De acordo com Sabrina Costa Rêgo, enfermeira especialista em Saúde da Família e Gestão em Saúde Pública, e coordenadora técnica de enfermagem da FeSaúde, o leite materno é muito importante, porque é o alimento mais completo que existe para o bebê:
"Ele contém tudo que a criança precisa nos primeiros seis meses, até mesmo água, sendo que é de fácil digestão e não sobrecarrega o intestino e os rins da criança”.
O quanto a alimentação influencia para o bebê?
A alimentação é importante em qualquer faixa etária, mas para os bebês ela é ainda mais relevante. Isso porque essa é uma fase de intenso desenvolvimento, sendo que o leite materno é um diferencial para o sucesso nessa etapa.
“O leite materno protege o bebê contra muitas doenças (em especial, diarreia, pneumonia, otites e outras infecções) e diminui as possibilidades de surgirem alergias e problemas respiratórios. Protege também contra algumas doenças que podem se manifestar mais tarde, tais como obesidade, pressão alta, colesterol alto e diabetes”, destaca Sabrina.
De acordo com Pedro Corrêa, responsável Técnico Institucional na FeSaúde e médico de Família e Comunidade, com mestrado em Saúde Coletiva pela UFF, "é preconizado o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida da criança e, a partir daí, inicia-se a introdução de alimentos sólidos como complementação alimentar, já que o leite materno ainda é a principal fonte de nutrientes até o primeiro ano de vida”.
O médico afirma também que “Não existe um prazo final ou limite para a amamentação. Se for o desejo da mulher e se houver disponibilidade, é interessante que ela continue o aleitamento materno mesmo após os 2 anos de idade da criança, que é geralmente o período que se preconiza o aleitamento”.
Qual a importância do leite materno para o bebê?
O leite materno é um alimento essencial para promover a saúde do bebê. Ele atua não só na nutrição, mas também na prevenção de doenças, tanto a curto quanto a longo prazo. Dentre os principais benefícios que o aleitamento materno pode oferecer para a criança, pode-se destacar:
Proteção contra diarreia, infecções respiratórias e alergias;
Auxilia no desenvolvimento do sistema imune;
Previne doenças metabólicas, como obesidade, hipertensão, hipercolesterolemia e diabetes;
Reduz a mortalidade infantil;
Promove o crescimento eo desenvolvimento cognitivo da criança;
Qualidade de vida;
Desenvolvimento da cavidade bucal;
Além disso, o aleitamento materno contribui para a saúde da mulher. Segundo o médico Pedro Corrêa, “a amamentação previne o câncer de mama, ajuda na recuperação ponderal da mulher e auxilia na construção da relação entre a mãe e o bebê”.