10.12.2020 - A Política Nacional de DST/Aids instituiu a chamada Prevenção Combinada. Trata-se de uma associação de diferentes métodos de prevenção ao HIV, às infecções sexualmente transmissíveis (IST) e às hepatites virais (ao mesmo tempo ou em sequência), conforme as características e o momento de vida de cada pessoa. Entre os métodos que podem ser combinados, estão: 

- testagem regular para o HIV, que pode ser realizada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS);

- prevenção da transmissão vertical (quando o vírus é transmitido para o bebê durante a gravidez);

- tratamento das infecções sexualmente transmissíveis e das hepatites virais;

- imunização para as hepatites A e B; 

- programas de redução de danos para usuários de álcool e outras substâncias; 

- Distribuição gratuita de preservativos femininos e masculinos (camisinha);

- profilaxia pré-exposição (PrEP); 

- profilaxia pós-exposição (PEP). 


Qual a diferença entre PEP e PrEP?

PEP – A Profilaxia Pós-Exposição é o uso de medicamentos antiretrovirais por pessoas após um possível contato com o vírus HIV, em situações como: violência sexual; relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha); acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou em contato direto com material biológico). Para funcionar, a PEP deve ser iniciada logo após a exposição de risco, em até 72 horas; e deve ser tomada por 28 dias. Você deve procurar imediatamente um serviço de saúde que realize atendimento de PEP assim que julgar ter estado em uma situação de contato com o HIV. É importante observar que a PEP não serve como substituta à camisinha.

PrEP – A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV é o uso preventivo de medicamentos antes da exposição ao vírus do HIV, reduzindo a probabilidade da pessoa se infectar com o vírus. A PrEP, deve ser utilizada se você acha que pode ter alto risco para adquirir o HIV. A PrEP não é para todos e também não é uma profilaxia de emergência, como é a PEP.  Os públicos prioritários para PrEP são as populações-chave, que concentram o maior número de casos de HIV no país: gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH); pessoas trans; trabalhadores/as do sexo e parcerias sorodiferentes (quando uma pessoa está infectada pelo HIV e a outra não).

 É bom lembrar que uma pessoa com boa adesão ao tratamento atinge níveis de carga viral tão baixos que é praticamente nula a chance de transmitir o vírus para outras pessoas. Além disso, quem toma o medicamento corretamente não adoece e garante a sua qualidade de vida. Todos esses métodos podem ser utilizados pela pessoa isoladamente ou combinados.