A influenza, popularmente conhecida como gripe, é uma infecção aguda que atinge milhares de pessoas todos os anos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a ocorrência de casos da influenza varia de graus leves a graves, podendo inclusive levar ao óbito.  

Tendo em vista que é uma doença viral, cuja transmissão acontece de forma muito rápida, e considerando que as mortes ocasionadas por esses vírus ainda são muito elevadas, saber mais sobre a doença e sobre a forma de preveni-la é essencial para diminuir o agravo dessa condição. 

O que é a Influenza? 

De acordo com a enfermeira especialista em Saúde da Família e Gestão em Saúde Pública e coordenadora técnica de enfermagem da FeSaúde, Sabrina Costa Rêgo: “A influenza é um vírus conhecido como o agente causador da gripe. É uma infecção aguda do sistema respiratório, com grande potencial de transmissão”. 

Esse vírus é dividido em 4 principais grupos, as cepas A, B, C e D, sendo que a “A” é mais comum e está relacionada com as epidemias sazonais, ou seja, em determinadas épocas do ano. 

Cada uma das cepas ainda podem ser subdivididas em subgrupos, como por exemplo: influenza A (H1N1) pdm09, influenza A (H3N2). Isso está relacionado à alta capacidade de mutação desses vírus, o que dificulta o desenvolvimento de uma vacina única que englobe todos os tipos virais. 

Quais os sintomas? 

Os sintomas são popularmente conhecidos, mas a enfermeira Sabrina reforça: 

“Os principais sintomas da influenza são: febre, tosse, dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e coriza”. 

Para pessoas vulneráveis imunologicamente, como idosos, imunossuprimidos, entre outros, é ainda mais importante estar atento a esses sintomas, uma vez que esse grupo de indivíduos apresenta uma maior probabilidade de evoluir de um quadro leve para um quadro mais grave. Por isso, é importante se atentar aos possíveis sinais e procurar auxílio médico para evitar complicações. 

Sabrina ainda oferece informações sobre como se cuidar perante um quadro de influenza: “Pessoas com gripe devem se hidratar bastante e ficar de repouso. Evite a automedicação, procure a Unidade de Saúde mais próxima para diagnóstico e tratamento adequados”. 

Como prevenir? 

Fonte: freepik 

De acordo com Sabrina Costa: “A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas complicações. A vacina é segura e é considerada uma das medidas mais eficazes para evitar casos graves e óbitos por gripe”. 

Entretanto, ela ainda destaca outras medidas que são positivas para prevenção da transmissão da gripe, sendo elas: 

  • Lavar frequentemente as mãos com bastante água e sabão ou desinfetá-las com produtos à base de álcool; 

  • Evitar aglomerações e o contato com pessoas doentes; 

  • Não levar as mãos aos olhos, boca ou nariz depois de ter tocado em objetos de uso coletivo; 

  • Utilizar lenço descartável para limpar o nariz; 

  • Cobrir sempre o nariz ao tossir e espirrar com um lenço descartável (nunca com as mãos); 

  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e garrafas; 

Vacinas disponíveis 

A vacinação é a forma mais eficiente de prevenir a contaminação e transmissão do vírus. Entretanto, como citado, esse vírus passa por muitas mutações, o que torna necessário o desenvolvimento de novas vacinas para as novas cepas todos os anos. 

De acordo com a enfermeira, a vacina disponível no Brasil é a Influenza e ela é desenvolvida a partir  do vírus inativo e fracionado. Ela é ofertada durante a Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza, sendo aplicada nos grupos prioritários definidos na Campanha. 

É importante destacar também que este imunobiológico oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS) protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul. 

Sabrina ainda explica sobre como esse processo é feito em Niterói: “Em Niterói, você pode procurar uma das unidades do Programa Médico de Família, Unidades Básicas de Saúde, Policlínicas Comunitárias de Saúde para realizar sua vacinação”. 

Qual a semelhança dos sintomas da influenza com os do COVID? 

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A semelhança entre os sintomas dessa doença e os sintomas da COVID-19 tem preocupado muitas pessoas. De acordo com Sabrina Costa:  

“Os sinais e sintomas são bem comuns entre a COVID-19 e a Influenza. Nas duas doenças, podemos ter desde pessoas com sintomas graves até aqueles assintomáticos. A forma de transmissão tanto na COVID-19 como na Influenza são similares, sendo que o vírus  é transmitido por gotículas que são liberadas pela tosse, espirro ou fala. Outra semelhança é que ambas as doenças podem ser transmitidas por aqueles com manifestação leve da doença ou até mesmo por indivíduos assintomáticos”. 

Por isso, é importante, mediante qualquer sintoma gripal, evitar transitar pelas ruas, além de procurar auxílio médico para realizar a testagem para COVID. 

A prevenção é muito parecida entre as duas doenças: cuidados de higiene das mãos, evitar compartilhar objetos de uso pessoal e a vacinação são pontos chave para controlá-las. No que diz respeito a COVID-19, um cuidado a mais, que é o uso da máscara, se faz necessário para controle da disseminação.