O MACquinho foi o palco para a escolha do samba-enredo do Bloco Loucos Pela Vida. O público teve a oportunidade de acompanhar de perto as composições concorrentes que darão vida ao enredo “Cata Lata, Cata Sonhos - O Ambiente Vem Gritar: No Esquenta e Esfria, Nosso Bloco Vai Passar”. Com um forte apelo social, o tema abordará o racismo ambiental e a justiça climática.
O evento, que contou com uma dinâmica de seleção e apresentações, é uma iniciativa que fortalece a integração entre arte e saúde, oferecendo aos usuários da RAPS (Rede de Atenção Psicossocial) uma plataforma para expressar suas vozes e talentos. Para apoiar a composição dos sambas, o Centro de Convivência e Cultura Dona Ivone Lara ofereceu oficinas de escrita. No total, foram inscritos oito sambas.
O enredo deste ano, inspirado em um catador de latinhas da favela, destaca a desigualdade e os desafios das comunidades vulneráveis diante da crise climática. O personagem simboliza muitos brasileiros marginalizados, transmitindo uma mensagem de resistência e urgência por justiça ambiental, ilustrando como a degradação ambiental intensifica a pobreza e a vulnerabilidade dos mais desfavorecidos.
“O carnaval é um espaço importante de integração e desmistificação da ‘loucura’, resistindo às formas de segregação das populações vulneráveis. Nosso principal objetivo é promover inclusão, permitir que as pessoas se expressem do seu jeito e diminuir estigmas”, enfatiza Tatiana Simões, que atua na Gerência de Atenção Psicossocial.
O Centro de Convivência e Cultura Dona Ivone Lara (CeCo) desempenha um papel fundamental na promoção dessas atividades. Este espaço da RAPS oferece atividades culturais, de lazer, esporte, trabalho e geração de renda, conectando os usuários com a cidade. Entre as atividades relacionadas ao bloco, destacam-se as oficinas de escrita, percussão, adereços e os ensaios semanais da bateria.