16.11.2020 - A Atenção Primária à Saúde (APS) é o serviço de saúde que primeiro atende você, sua família e a comunidade onde você vive. É a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS).

A principal estratégia do governo para a APS é a Estratégia de Saúde da Família (ESF), que leva serviços às comunidades por meio das Unidades de Saúde da Família (USF). Consultas, exames, vacinas, e outros procedimentos são oferecidos aos usuários nas USF, que, em Niterói, são chamadas de Módulos de Médico de Família.

O Programa Médico de Família (PMF) foi implantado em Niterói, de forma pioneira, em 1992, inspirado na experiência cubana. Dois anos depois, o Ministério da Saúde lançou o Programa de Saúde da Família.

A Atenção Primária, com as equipes de Saúde da Família, inicia o atendimento continuado que deve garantir a você a solução dos seus problemas de saúde. O acesso ao sistema de saúde deve ser igual para todos. 

As equipes de Saúde da Família, além de acompanharem os moradores do território em que estão inseridas ao longo do tempo, coordenam o cuidado de todos por meio de uma relação contínua e de confiança. Isto é, quando necessário, indicam a ida ao hospital, ao médico especialista, à fisioterapia, e a realização de exames.

Para que a APS seja resolutiva, alguns princípios devem ser seguidos.

1. Longitudinalidade: o acompanhamento das pessoas ao longo de muito tempo;

2. Acessibilidade: oferecer acesso ao serviço de saúde quando as pessoas sentirem necessidade;

3. Coordenação do cuidado: todas as pessoas do território são acompanhadas pela ESF ou terão como referência a unidade de APS da sua área de abrangência. Quando há necessidade de atenção especializada, as pessoas são referenciadas.

4. Integralidade: reconhece a pessoa como um todo, atendendo a todas as suas necessidades.

Uma só rede, três esferas

O Sistema Único de Saúde (SUS) está dividido em Atenção Primária, Secundária e Terciária. Cada uma é especializada em um tipo de cuidado e requer estruturas de atendimento diferentes para diferentes complexidades de atendimentos.  Essa rede é administrada de forma combinada entre os governos federal, estaduais e municipais. O mesmo acontece com o financiamento, que inclui verba federal, estadual e municipal, que tem origem nos impostos pagos pela população.

Um cuidado para toda família

As equipes de Médico de Família são compostas, em geral, por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde (ACS). Mas elas também podem ter cirurgião-dentista e auxiliar em saúde bucal. O trabalho dessas equipes envolve diversos conhecimentos de diferentes áreas, que atendem em conjunto com os Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB), formados por assistente social, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico clínico geral, médico ginecologista/obstetra, médico pediatra, psicólogo, terapeuta ocupacional e sanitarista.


Os profissionais da APS devem estar preparados para resolverem os problemas de saúde mais comuns na população com olhar amplo sobre cada indivíduo. Assim, o acompanhamento nunca é perdido, e cada profissional irá garantir o cuidado no âmbito da sua especialidade. 

Prevenção e promoção à saúde por território

A APS trabalha com território adscrito, ou seja, a população residente na área de cobertura da ESF deve prioritariamente ser atendida pela mesma equipe de saúde da família. Na APS, o atendimento deve estar próximo da população. Por isso, cada unidade é responsável pelo território em que está inserida. Em Niterói, a divisão territorial da rede de APS é orientada pela localização das policlínicas regionais, unidades de referência para os Módulos de Médico de Família.

O município conta com 42 módulos do PMF, nos quais atuam 104 equipes de Saúde da Família e 28 de Saúde Bucal e cinco equipes do Nasf-AB. A APS do município conta ainda com duas equipes de Consultório na Rua, além de quatro Unidades Básicas de Saúde e sete Policlínicas Regionais.

Consultoria: Sabrina Costa, coordenadora técnica de Enfermagem da FeSaúde