Na última quarta-feira (10), a equipe do Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas (CAPS AD) Alameda participou do Espaço de Educação Permanente cujo objetivo foi trabalhar a temática do racismo. O encontro foi promovido pela Fundação Estatal de Saúde de Niterói (FeSaúde) em conjunto com colaboradores da Rede de Atenção Psicossocial de Niterói (RAPS) e faz parte da estratégia da educação continuada dos profissionais que atuam na Atenção Psicossocial do município.

As reuniões, que acontecem mensalmente em todos os CAPS, abordam temas diversos como: Luta Antimanicomial; Processos de desinstitucionalização; Comunicação não violenta; Machismo, gênero e sexualidades; Produção científica no CAPS. Além desses, outros assuntos estão previstos e podem ser propostos de acordo com a necessidade de cada serviço e de cada equipe.

Bruno Reis, coordenador regional da gerência da Atenção Psicossocial (GEAP/DAS), explica sobre o processo de escolha dos temas que serão abordados nos Espaços de Educação Permanente:

“As temáticas surgem a partir das propostas das equipes de cada serviço fazendo com que cada uma delas discuta temas significativos para o seu processo de formação, trabalho e cuidado em saúde. Logo, os trabalhadores de cada unidade da RAPS constroem uma matriz temática própria a ser desenvolvida nos encontros que são conduzidos pela Gerência de Ensino e Produção do Conhecimento (GEPC) com o apoio da Gerência de Atenção Psicossocial (GEAP)”.


A Fundação Estatal de Saúde de Niterói (FeSaúde) tem atuado ativamente na elaboração e execução de estratégias educativas e formativas para os profissionais que trabalham no serviço público de saúde. De acordo com Bruno Reis, “a partir da sua missão de assegurar acesso de qualidade, resolutivo e humanizado em saúde, a FeSaúde vem realizando a admissão dos empregados públicos e ao mesmo tempo proporcionando importantes espaços de formação”.

Segundo o coordenador regional, o objetivo principal da estratégia da educação permanente deve ser a construção de equipes acolhedoras e que cuidam a partir de práticas e posturas respeitosas e afetivas.

Para ele, a educação permanente em saúde é a aprendizagem no trabalho a partir do cotidiano vivo dos serviços, promovendo a integração entre ensino e o cuidado em saúde. “Através dessa estratégia buscamos a transformação das formas de cuidado para que sejam sempre mais qualificadas, humanizadas e em consonância com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirma Bruno.

O coordenador regional destaca que esses espaços de formação são fundamentais para a incorporação de novos elementos à prática do cuidado, possibilitando a construção de uma rede de cuidados comprometida e de qualidade para todos.

Bruno Reis ainda afirma que “(...) equipes cuidam melhor de si e dos outros quando são capazes de adotar práticas colaborativas, cooperativas, integradoras e inclusivas”.