07.12.2020 - A cor azul dá lugar ao laranja na iluminação especial de um dos maiores símbolos de Niterói, o Museu de Arte Contemporânea (MAC Niterói), na Boa Viagem. A iniciativa, que poderá ser vista até o dia 14 de dezembro, é para conscientizar a população sobre a importância da educação em saúde para a prevenção do câncer de pele.

De acordo com a publicação ˜Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil˜, lançada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) em fevereiro e válida como projeção para três anos (2020-2022), o câncer de pele não melanoma permanece como o mais incidente na população brasileira (177 mil casos novos). 

Em Niterói, pacientes com suspeita de câncer de pele recebem o primeiro atendimento nas unidades da Atenção Primária da rede municipal de saúde. Em caso de diagnóstico da doença, o usuário é encaminhado para fazer o tratamento nas unidades referenciadas e competentes à assistência de alta complexidade, como o Inca e o Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), em Niterói.  

O câncer de pele é o câncer mais frequente no mundo e no Brasil. Ele ocorre quando as células da pele se multiplicam sem controle. Pode ser classificado como: 

Não melanoma: mais frequente e menos grave, porém pode causar deformações no corpo. 

Melanoma: mais raro e pode levar à morte. 

Ambos têm cura se descobertos logo no início.

Como identificar o câncer de pele

O câncer de pele não melanoma ocorre principalmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas. Apresenta-se como: 

- Manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram; 

- Feridas que não cicatrizam em quatro semanas.

O câncer de pele melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Em caso de uma lesão pré-existente, a suspeita deve ocorrer se houver aumento no tamanho, alteração na coloração e na forma da lesão, que passa a apresentar bordas irregulares.

Portanto, é importante conhecer seu corpo e ficar atento a qualquer mudança ou anormalidade na sua pele.

Como se proteger do câncer de pele

- Evitar exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h 

- Procurar lugares com sombra 

- Usar proteção adequada, como roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas 

- Aplicar na pele, antes de se expor ao sol, filtro (protetor) solar com fator de proteção 15, no mínimo

- Usar filtro solar próprio para os lábios

Quais são os principais fatores que aumentam o risco de câncer de pele

- Exposição prolongada e repetida ao sol (raios ultravioletas - UV), principalmente na infância e na adolescência;

- Ter pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros, ou ser albino;

- Ter história familiar ou pessoal de câncer de pele.

O sol é bom para a saúde, mas, em excesso, pode provocar envelhecimento precoce, lesões nos olhos e câncer de pele. 

É importante lembrar que:

- Qualquer pessoa pode desenvolver câncer de pele, mas aquelas com pele muito clara, albinas, com vitiligo ou em tratamento com imunossupressores são mais sensíveis ao sol; 

- Em dias nublados, também é importante o uso de proteção; 

- As tatuagens podem esconder lesões, portanto, merecem atenção; 

- É necessário reaplicar o filtro solar a cada duas horas, durante a exposição solar, bem como após mergulho ou grande transpiração. Mesmo filtros solares “à prova d’água” devem ser reaplicados.

 Caso apareça algum sintoma, deve-se procurar atendimento o mais rápido possível nos módulos do Médico de Família, unidades básicas de saúde ou policlínicas comunitárias mais próximas à sua residência.