O que é Covid-19

Os coronavírus são uma grande família de vírus comuns em muitas espécies diferentes de animais, incluindo camelos, gado, gatos e morcegos. Raramente, os coronavírus que infectam animais podem infectar pessoas, como exemplo do MERS-CoV e SARS-CoV. Recentemente, em dezembro de 2019, houve a transmissão de um novo coronavírus (SARS-CoV-2), o qual foi identificado em Wuhan, na China, e causou a Covid-19, sendo em seguida disseminada e transmitida pessoa a pessoa.

A Covid-19 é uma doença causada pelo coronavírus denominado SARS-CoV-2, que apresenta um espectro clínico variando de infecções assintomáticas a quadros graves. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a maioria (cerca de 80%) dos pacientes com Covid-19 pode ser assintomático ou ter poucos sintomas, e aproximadamente 20% dos casos detectados requerem atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória. Desses, aproximadamente 5% podem necessitar de suporte ventilatório.

Quais são os sintomas

Os sintomas da Covid-19 podem variar de um resfriado a uma síndrome gripal até uma pneumonia severa. Sendo os sintomas mais comuns:
- tosse
- febre
- coriza
- dor de garganta
- dificuldade para respirar
- perda de olfato (anosmia)
- alteração do paladar (ageusia)
- distúrbios gastrintestinais (náuseas/vômitos/diarreia)
- cansaço (astenia)
- diminuição do apetite (hiporexia)


Como ocorre a transmissão

A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo por meio de:
- toque do aperto de mãos contaminadas;
- gotículas de saliva;
- espirro;
- tosse;
- catarro;
- superfícies ou objetos contaminados, como celulares, mesas, talheres, maçanetas, brinquedos, teclados de computador etc.

Diagnóstico

O diagnóstico da Covid-19 pode ser realizado a partir de critérios como:

1 - O DIAGNÓSTICO CLÍNICO é realizado pelo médico atendente, que deve avaliar a possibilidade da doença, principalmente, em pacientes com a associação dos seguintes sinais e sintomas:
- febre, que pode estar presente no momento do exame clínico ou referida pelo paciente (sensação febril) de ocorrência recente;
- sintomas do trato respiratório (por exemplo, tosse, dispneia, coriza, dor de garganta)
 - outros sintomas consistentes incluindo, mialgias, distúrbios gastrointestinais (diarreia/náuseas/vômitos), perda ou diminuição do olfato (anosmia) ou perda ou diminuição do paladar (ageusia).

Em crianças, além dos itens citados, considera-se também nariz congestionado, desidratação e falta de apetite, na ausência de outro diagnóstico específico.
Em idosos, deve-se considerar também critérios específicos de agravamento como: síncope (desmaio ou perda temporária de consciência), confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade e falta de apetite.
O diagnóstico clínico da doença também deve ser considerado em pacientes com doença grave do trato respiratório inferior sem causa clara, como é o caso de pacientes que se apresentem em síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Nesta síndrome, o indivíduo apresenta-se em franca dificuldade para respirar, com saturação de oxigênio menor do que 95% em ar ambiente ou coloração azulada dos lábios ou rosto ou queixa de pressão persistente no tórax.
Em crianças, a SRAG apresenta-se com os sinais e sintomas anteriores, devendo ser observados sinais característicos de esforço respiratório, tais como batimentos de asa de nariz, tiragem intercostal, e, por fim, alteração na coloração das extremidades que ficam azuladas.

2 - O DIAGNÓSTICO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO é realizado pelo médico atendente no qual considera-se:

. casos de paciente com a associação dos sinais e sintomas supracitados ou SRAG MAIS histórico de contato próximo ou domiciliar, nos últimos 14 dias antes do aparecimento dos sintomas, com caso confirmado laboratorialmente para Covid-19 e para o qual não foi possível realizar a investigação laboratorial específica.

3 - DIAGNÓSTICO CLÍNICO-IMAGEM:

. caso de sintomas respiratório, com febre ou SRAG ou óbito por SRAG que não foi possível confirmar ou descartar por critério laboratorial e que apresente alterações tomográficas.

4 - DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:

. caso o paciente apresente os sintomas respiratórios MAIS febre ou SRAG. O profissional de saúde poderá solicitar os seguintes exames laboratoriais:

- de biologia molecular (RT-PCR em tempo real) que diagnostica tanto a Covid-19, a Influenza ou a presença de Vírus Sincicial Respiratório (VSR) normalmente até o sétimo dia de início de sintomas;
- Imunológico, que detecta, ou não, a presença de anticorpos em amostras coletadas a partir do oitavo dia de início dos sintomas. Sendo eles: ensaio imunoenzimático (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay - ELISA); imunocromatografia (teste rápido) para detecção de anticorpos; imunoensaio por eletroquimioluminescência (ECLIA).
- pesquisa de antígenos: resultado reagente para SARS-CoV-2 pelo método de Imunocromatografia para detecção de antígeno.

5 - DIAGNÓSTICO LABORATORIAL EM INDIVÍDUO ASSINTOMÁTICO (pessoa sem sintomas) que realizou:

Exame de biologia molecular com resultado DETECTÁVEL para SARS-CoV-2 realizado pelo método RT-PCR em tempo real.
Exame imunológico com resultado REAGENTE para IgM e/ou IgA realizado pelos seguintes métodos:  Ensaio imunoenzimático (ELISA) e teste rápido para detecção de anticorpos.

 
Como se proteger

As recomendações de prevenção à Covid-19 são as seguintes:

- lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, ou higienize com álcool em gel 70%. Essa frequência deve ser ampliada quando estiver em algum ambiente público (ambientes de trabalho, prédios e instalações comerciais, etc), quando utilizar transporte público ou tocar superfícies e objetos de uso compartilhado.

- ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com a parte interna do cotovelo.

- não tocar olhos, nariz, boca ou a máscara de proteção facial com as mãos não higienizadas. Se tocar olhos, nariz, boca ou a máscara, higienize sempre as mãos como já indicado.

- mantenha distância mínima de um metro entre pessoas em lugares públicos e de convívio social. Evite abraços, beijos e apertos de mãos. Adote um comportamento amigável sem contato físico, mas sempre com um sorriso no rosto.

- higienize com frequência o celular, brinquedos das crianças e outro objetos que são utilizados com frequência.

- não compartilhe objetos de uso pessoal como talheres, toalhas, pratos e copos.

- mantenha os ambientes limpos e bem ventilados.

- evite circulação desnecessária nas ruas, estádios, teatros, shoppings, shows, cinemas e igrejas.

- se estiver doente, evite contato próximo com outras pessoas, principalmente idosos e doentes crônicos, busque orientação pelos canais on-line disponibilizados pelo SUS ou atendimento nos serviços de saúde e siga as recomendações do profissional de saúde.

- durma bem e tenha uma alimentação saudável.

- use máscara em todos os ambientes.  As máscaras de tecido (caseiras/artesanais) não são equipamentos de proteção individual (EPI), mas podem funcionar como uma barreira física, em especial contra a saída de gotículas potencialmente contaminadas.

Dicas para viajantes

Caso você precise viajar, avalie a real necessidade. Se for inevitável viajar, previna-se e siga as orientações das autoridades de saúde locais. Ao voltar de viagens internacionais ou locais, recomenda-se:

- reforçar os hábitos de higiene e proteção como a utilização de máscara, higienização das mãos com água e sabão ou com álcool em gel 70%.
- caso apresente sintomas de gripe, busque atendimento nos serviços de saúde, e evite contato com outras pessoas

Se eu ficar doente

Se estiver doente, com sintomas compatíveis com os da Covid-19, evite contato físico com outras pessoas, incluindo os familiares, principalmente, idosos e doentes crônicos, Procure imediatamente os postos de triagem nas Unidades Básicas de Saúde / UPAS ou outras unidades de saúde. Após encaminhamento, consulte-se com o médico. Uma vez diagnosticado pelo médico, receba as orientações e prescrição dos medicamentos que você deverá usar. O médico poderá solicitar exames complementares. Inicie o tratamento prescrito imediatamente. Mantenha seu médico sempre informado da evolução dos sintomas durante o tratamento e siga suas recomendações.

Utilize máscara o tempo todo.

Se for preciso cozinhar, use máscara de proteção, cobrindo boca e nariz todo o tempo.

Depois de usar o banheiro, nunca deixe de lavar as mãos com água e sabão e sempre limpe o vaso, mantendo a tampa fechada, pia e demais superfícies com álcool, água sanitária ou outro produto recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)  para desinfecção do ambiente.

Separe toalhas de banho, garfos, facas, colheres, copos e outros objetos apenas para seu uso.
O lixo produzido precisa ser separado e descartado.

Evite compartilhar sofás e cadeiras e realize limpeza e desinfecção frequente com água sanitária ou álcool 70% ou outro produto recomendado pela Anvisa.

Mantenha a janela aberta para circulação de ar do ambiente usado para isolamento e a porta fechada, limpe a maçaneta frequentemente com álcool 70%, água sanitária, ou outro produto recomendado pela Anvisa.

Caso o paciente não more sozinho, recomenda-se que os demais moradores da residência durmam em outro cômodo, seguindo também as seguintes recomendações:

- mantenha distância mínima de um metro entre a pessoa infectada e os demais moradores;
- limpe os móveis da casa frequentemente com água sanitária, álcool 70% ou outro produto recomendado pela Anvisa;
- se uma pessoa da casa tiver diagnóstico positivo, todos os moradores devem ficar em distanciamento, conforme orientação médica.

Fonte: Ministério da Saúde